Câmara aprova educação financeira para atletas em organizações esportivas

A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que estabelece a obrigatoriedade de cursos de educação financeira para atletas, a serem oferecidos por organizações esportivas formadoras. A proposta, que altera a Lei Geral do Esporte, foi apresentada pela deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) e busca abordar a vulnerabilidade financeira enfrentada por muitos atletas, especialmente após o término de suas carreiras. A relatora reconheceu que a medida poderia representar um ônus excessivo para organizações menores, mas destacou a importância da educação financeira em um contexto onde muitos atletas lidam com salários baixos e contratos instáveis. O projeto agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde será analisado em caráter conclusivo antes de ser votado pela Câmara e pelo Senado. A aprovação da proposta é vista como um passo importante para a proteção dos direitos dos atletas e a promoção de sua segurança financeira.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A vulnerabilidade financeira dos atletas profissionais é um problema central que merece atenção urgente. Muitos enfrentam salários baixos e contratos curtos, o que os deixa em situações precárias após o fim de suas carreiras. A falta de educação financeira agrava essa situação, tornando-os suscetíveis a dívidas e dificuldades econômicas. A proposta de cursos de educação financeira é uma resposta necessária a essa realidade, mas sua implementação deve ser cuidadosamente planejada para não sobrecarregar organizações menores.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, a situação financeira dos atletas continuará a se deteriorar, afetando especialmente aqueles que já estão em desvantagem, como os de organizações menores. A falta de educação financeira pode levar a um ciclo de endividamento e insegurança, prejudicando não apenas a vida pessoal dos atletas, mas também a imagem do esporte como um todo. Isso pode resultar em um aumento das desigualdades dentro do setor esportivo, perpetuando a marginalização de talentos que não conseguem se sustentar após suas carreiras.

💡 CAMINHOS

Para enfrentar essa questão, é essencial implementar programas de educação financeira acessíveis e adaptados à realidade dos atletas. O Estado pode atuar como facilitador, oferecendo incentivos fiscais para organizações que adotem esses cursos e promovendo parcerias com instituições financeiras para desenvolver conteúdos adequados. Exemplos de boas práticas podem ser observados em países onde a educação financeira é integrada ao treinamento esportivo, resultando em atletas mais preparados para gerenciar suas finanças. Além disso, a sociedade civil pode desempenhar um papel ativo na fiscalização e promoção de iniciativas que garantam a proteção dos direitos dos atletas.

Fonte:Câmara Notícias
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