A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou um substitutivo ao Projeto de Lei 2112/24, que estabelece diretrizes para o Sistema Único de Saúde (SUS) visando a redução da mortalidade materna. A proposta inclui educação continuada para profissionais de saúde, fortalecimento do apoio multiprofissional à mulher e humanização do parto, priorizando a redução de intervenções desnecessárias. Além disso, o texto prevê ações educativas para gestantes sobre seus direitos no pré-natal e parto. A relatora, deputada Iza Arruda, destacou a importância da proposta para salvar vidas e reduzir desigualdades, embora tenha feito alterações que conferem maior flexibilidade normativa ao texto. A criação da Semana Nacional de Conscientização sobre a Redução da Morbimortalidade Materna também foi incluída, com o objetivo de promover a conscientização sobre o tema. A aprovação da proposta representa um avanço nas políticas de saúde materna, mas sua implementação eficaz dependerá do comprometimento dos gestores públicos e da articulação entre os diferentes níveis de governo.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A mortalidade materna no Brasil continua sendo um grave problema de saúde pública, com taxas que revelam desigualdades regionais e sociais. A falta de acesso a cuidados adequados durante a gestação e o parto, além de intervenções desnecessárias, contribuem para esse cenário alarmante. A aprovação de diretrizes para o SUS é uma oportunidade crucial para enfrentar essa questão, mas é essencial que as medidas sejam implementadas de forma eficaz e abrangente.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, as mulheres continuarão a enfrentar riscos elevados durante a gestação e o parto, especialmente em regiões mais vulneráveis. A manutenção do status quo perpetuará desigualdades no acesso a cuidados de saúde, resultando em mais mortes evitáveis e comprometendo a saúde de mães e bebês. Além disso, a falta de educação e apoio adequados pode levar a um ciclo de desinformação e desamparo, afetando a confiança das mulheres no sistema de saúde.
💡 CAMINHOS
Para reverter essa situação, é fundamental investir na formação contínua de profissionais de saúde e na implementação de protocolos baseados em evidências. A articulação entre atenção básica e especialistas deve ser fortalecida, garantindo que todas as mulheres tenham acesso a cuidados adequados. Exemplos de boas práticas, como programas de saúde materna em países com baixos índices de mortalidade, podem servir de modelo. Além disso, é essencial promover campanhas de conscientização que empoderem as gestantes sobre seus direitos e opções de cuidado.
Fonte:Câmara Notícias