A Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que visa aumentar a recompensa financeira para pesquisadores vinculados a Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs). O novo limite de participação dos criadores nos ganhos econômicos das ICTs passará de um terço para 50%. Além disso, a proposta estabelece que, em projetos financiados com recursos públicos, 10% dos ganhos devem ser reinvestidos em fundos de fomento. O relator da proposta, deputado Alex Manente, destacou que a medida busca combater a ‘fuga de cérebros’ e garantir que a sociedade se beneficie dos investimentos públicos em pesquisa. Atualmente, o Brasil investe menos de 1,2% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, um valor inferior à média de 2,7% dos países da OCDE. A proposta ainda precisa passar por outras comissões antes de ser votada na Câmara e no Senado para se tornar lei.
🔴 GOTA D’ÁGUA
O aumento da recompensa financeira para pesquisadores é uma medida urgente para combater a fuga de cérebros e reter talentos no Brasil. O país enfrenta um cenário preocupante de desinvestimento em pesquisa e desenvolvimento, com menos de 1,2% do PIB alocado nessa área. Essa situação não apenas compromete a inovação, mas também limita o potencial de crescimento econômico e social, colocando em risco o futuro do desenvolvimento científico no Brasil.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, o Brasil continuará a perder talentos para outros países que oferecem melhores condições de pesquisa. Essa inércia afetará diretamente a capacidade do país de inovar e competir globalmente, resultando em um ciclo vicioso de desinvestimento em ciência e tecnologia. A falta de incentivos adequados pode levar à estagnação do setor, prejudicando a formação de novas gerações de pesquisadores e a qualidade da educação científica no país.
💡 CAMINHOS
Para reverter essa situação, é fundamental implementar políticas que garantam investimentos consistentes em pesquisa e desenvolvimento, alinhando incentivos financeiros com a necessidade de reinvestimento em inovação. Exemplos de boas práticas incluem a criação de parcerias entre universidades e empresas, além de programas de fomento que priorizem a formação de pesquisadores. O fortalecimento de instituições públicas e a promoção de um ambiente regulatório favorável também são essenciais para garantir que os recursos públicos gerem retorno efetivo para a sociedade.
Fonte:Câmara Notícias