A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado agendou uma audiência pública para discutir a inteligência artificial (IA) no Brasil, marcada para a quarta-feira, 8 de novembro, às 9h30. O evento, proposto pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), visa avaliar a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (Ebia) e seus impactos no desenvolvimento e bem-estar da população. A discussão ocorre em um momento em que a regulamentação da IA, já aprovada no Senado, está em análise na Câmara dos Deputados. Pontes destaca que a rápida evolução da IA exige uma atualização constante da estratégia nacional, considerando os efeitos econômicos e sociais que essa tecnologia pode gerar. O evento será interativo, permitindo que cidadãos enviem perguntas e comentários, contribuindo para um debate mais amplo sobre o tema. A participação é incentivada, com a possibilidade de obter uma declaração que pode ser utilizada como atividade complementar em cursos universitários. A audiência representa uma oportunidade para discutir como o Brasil pode se preparar para os desafios e oportunidades trazidos pela IA, promovendo um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A urgência da audiência pública sobre inteligência artificial no Brasil reflete a necessidade de uma abordagem proativa diante das rápidas mudanças tecnológicas. A falta de uma estratégia clara e atualizada pode levar a um descompasso entre o avanço da IA e a capacidade do Estado de regular e mitigar seus impactos sociais e econômicos. A ausência de um debate amplo e inclusivo pode resultar em desigualdades acentuadas e na exclusão de segmentos da população que não têm acesso às novas tecnologias.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, o Brasil pode enfrentar sérias consequências, como o aumento das desigualdades sociais e a precarização do trabalho. A falta de regulamentação adequada pode permitir que a IA seja utilizada de forma irresponsável, exacerbando problemas como a automação de empregos e a concentração de poder nas mãos de grandes empresas de tecnologia. A população mais vulnerável, que já enfrenta dificuldades de acesso à educação e ao mercado de trabalho, será a mais afetada por essas mudanças.
💡 CAMINHOS
Para enfrentar esses desafios, é fundamental que o Brasil desenvolva uma estratégia nacional robusta para a inteligência artificial, que inclua regulamentações claras e a promoção de uma educação digital acessível. Exemplos de boas práticas podem ser observados em países que implementaram políticas de inclusão digital e capacitação profissional. Além disso, é essencial fomentar a participação da sociedade civil no debate sobre IA, garantindo que as vozes de todos os segmentos da população sejam ouvidas e consideradas nas decisões políticas.
Fonte:Senado Notícias