A Comissão de Educação e Cultura do Senado realizará uma audiência pública na quarta-feira (8), às 14h30, para celebrar os 50 anos do ensino superior em cooperativismo no Brasil. A reunião, solicitada pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), contará com a participação de representantes de universidades, do governo federal e do setor cooperativista. O evento marca o meio século desde a criação do curso de cooperativismo na Universidade Federal de Viçosa (UFV), em 1975. A senadora destaca a importância do cooperativismo na formação cidadã e no desenvolvimento de modelos econômicos sustentáveis e justos. A audiência ocorre em um contexto simbólico, já que 2025 foi declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, com o tema “Cooperativas Constroem um Mundo Melhor”. Apesar de o Brasil contar com mais de 25 milhões de cooperados, especialistas afirmam que o potencial do cooperativismo pode ser ampliado com sua inserção nos currículos escolares e acadêmicos. A audiência também visa subsidiar propostas de políticas públicas para integrar o cooperativismo nos diversos níveis de ensino, reconhecendo-o como um eixo estratégico para o desenvolvimento do país.
🔴 GOTA D’ÁGUA
O ensino de cooperativismo no Brasil enfrenta um desafio crítico: sua inserção nos currículos educacionais. Embora o cooperativismo tenha demonstrado ser uma alternativa viável para enfrentar problemas sociais e econômicos, sua presença nas instituições de ensino ainda é limitada. Isso representa um risco para o desenvolvimento de novas lideranças e para a promoção de uma cultura de solidariedade e colaboração, essenciais em um contexto de desigualdade crescente.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, o Brasil poderá continuar a perder oportunidades valiosas de desenvolvimento social e econômico. A falta de formação em cooperativismo pode resultar em uma sociedade menos coesa e mais desigual, onde as soluções colaborativas para problemas comuns não são exploradas. Além disso, a ausência de uma educação voltada para o cooperativismo pode perpetuar modelos econômicos tradicionais que não atendem às necessidades contemporâneas da população.
💡 CAMINHOS
Para reverter essa situação, é fundamental implementar políticas públicas que integrem o cooperativismo nos currículos escolares e acadêmicos. Isso pode ser feito por meio de parcerias entre universidades, governo e cooperativas, promovendo programas de formação e capacitação. Exemplos de boas práticas incluem a criação de disciplinas específicas sobre cooperativismo e a realização de projetos práticos em comunidades. Além disso, é essencial fomentar a participação da sociedade civil na discussão e formulação dessas políticas, garantindo que a educação cooperativa se torne uma realidade acessível a todos.
Fonte:Senado Notícias