A Vida Depois do Acolhimento é tema do Caminhos da Reportagem

Nesta segunda-feira (20), a TV Brasil exibe, às 23h, um novo episódio do premiado programa Caminhos da Reportagem, que tem como tema A Vida Depois do Acolhimento. A produção apresenta histórias reais de jovens que cresceram em casas de acolhimento e, ao completarem 18 anos de idade, precisaram encarar sozinhos os desafios da vida adulta.

O Brasil tem, atualmente, mais de 35 mil crianças e adolescentes em cerca de 8 mil instituições de acolhimento. Essa é uma medida extrema, adotada quando há graves situações de vulnerabilidade, como maus-tratos, abandono, violência física ou abuso sexual.

Notícias relacionadas:Extrativismo sustentável na Amazônia é tema do Caminhos da Reportagem.EBC: Antonia Pellegrino recebe Prêmio Amigos do Cinema Infantil.Fotógrafos se despedem da EBC após 45 anos na comunicação pública.A assistente social da 1ª Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal Izabel Freitas destaca que a necessidade de acolhimento ocorre por negligência. 

“A criança vai para um serviço de acolhimento porque a família, de alguma forma, não soube protegê-la. E, olhando mais profundamente, o Estado também falhou, porque várias políticas públicas não foram efetivas para evitar essa situação”, explica.

Julia Matinatto, doutora em psicologia, acrescenta que “existe um direito que é garantido, o direito à convivência familiar e comunitária”. 

“Quando há uma situação excepcional e provisória, essa criança é retirada do convívio familiar”, diz.

Entre os casos retratados pelo programa está a história de Valéria Damasceno, que foi institucionalizada ainda bebê. “Minha mãe era usuária de drogas. Ela e meu pai perderam a guarda porque nos deixavam trancados em casa, sem comida, sem água, sem nada”, revela. 

Hoje adulta, após passar por instituições de acolhimento e diversas tentativas frustradas de reintegração familiar, Valéria mora com o irmão.

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Como é o acolhimento?

Patrícia Braga, presidente da instituição Nosso Lar, em Brasília, explica como funciona o processo de acolhimento. 

“Quando a criança chega, realizamos um estudo de caso em rede, junto com o Conselho Tutelar, a Vara da Infância, o Creas e o CRAS. O primeiro investimento da instituição é tentar o retorno desse menor à família de origem, seja o pai, a avó, a tia ou um irmão mais velho”, detalha.

No entanto, se ao longo de 2 anos ficar comprovada a impossibilidade de reintegração familiar, a criança deve ser destituída do poder familiar e in

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