CMN Restringe Crédito Rural e Afeta Produtores do RS

O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou, em reunião extraordinária, a restrição do acesso à linha de crédito de R$ 12 bilhões destinada a produtores rurais do Rio Grande do Sul, afetados por desastres climáticos. A medida, divulgada na sexta-feira (10), limita o benefício apenas a agricultores e pecuaristas de municípios que tenham declarado estado de calamidade pública ou emergência por eventos climáticos em pelo menos três anos entre 2020 e 2024. A decisão ocorre após a criação da Medida Provisória 1.314/2025, que visava facilitar a renegociação de dívidas no setor. O Ministério da Fazenda justificou a ação, destacando que o estado tem enfrentado recorrentes desastres climáticos, o que demanda medidas específicas para a recuperação financeira dos produtores. A nova regulamentação pode impactar negativamente a capacidade de recuperação de muitos agricultores que não se enquadram nos critérios estabelecidos, levantando preocupações sobre a eficácia das políticas públicas voltadas para o setor rural e a necessidade de um suporte mais abrangente e inclusivo.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A restrição imposta pelo CMN ao acesso à linha de crédito de R$ 12 bilhões para produtores rurais do Rio Grande do Sul representa um risco significativo para a recuperação econômica de agricultores afetados por desastres climáticos. Limitar o benefício apenas a aqueles que se enquadram em critérios específicos pode deixar muitos produtores em situação vulnerável, sem o suporte necessário para enfrentar as consequências das mudanças climáticas e a instabilidade financeira.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, a manutenção dessa restrição pode resultar em um agravamento da crise econômica no setor agrícola do Rio Grande do Sul. Produtores que não se qualificam para a linha de crédito poderão enfrentar dificuldades financeiras severas, levando à falência de propriedades rurais e à perda de empregos. Além disso, a falta de apoio pode intensificar as desigualdades regionais e sociais, prejudicando a segurança alimentar e a sustentabilidade econômica da região.

💡 CAMINHOS

Para mitigar os impactos dessa situação, é fundamental que o governo amplie o acesso às linhas de crédito, considerando a realidade de todos os produtores afetados por desastres climáticos, independentemente de critérios restritivos. A criação de um fundo de emergência para o setor rural, que permita a rápida liberação de recursos em situações de calamidade, pode ser uma solução viável. Além disso, promover parcerias com organizações da sociedade civil e cooperativas pode fortalecer a rede de apoio aos agricultores, garantindo que todos tenham acesso a recursos e assistência técnica necessários para a recuperação.

Fonte:Agência Brasil
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