O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou a vitória em uma ação judicial contra o Hospital Santa Lúcia, em Brasília, após a morte de seu filho, Marcelo Dino, em 2012. A decisão, que transitou em julgado após 13 anos e seis meses de tramitação, resultou em uma indenização de R$ 600 mil para cada um dos pais, que será doada. Dino destacou que o importante é o reconhecimento da culpa do hospital, que, segundo ele, deve levar à melhoria dos procedimentos médicos. Em sua mensagem, o ministro homenageou a memória do filho e enfatizou a necessidade de que outras famílias vítimas de negligência busquem seus direitos, ressaltando que ações judiciais podem prevenir futuras tragédias. O caso de Marcelo, que faleceu devido a complicações de uma crise de asma, levanta questões sobre a qualidade do atendimento em hospitais e a responsabilidade das instituições de saúde em garantir a segurança dos pacientes.
🔴 GOTA D’ÁGUA
O caso de Flávio Dino expõe um problema crítico na saúde pública brasileira: a negligência médica e a falta de responsabilização das instituições de saúde. A morte de uma criança de 13 anos devido a falhas no atendimento é um alerta urgente sobre a necessidade de reformas no setor hospitalar, que muitas vezes prioriza a estética em detrimento da qualidade do atendimento. A tragédia familiar de Dino não deve ser apenas uma história pessoal, mas um chamado à ação para que outros casos de negligência não sejam ignorados.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, a continuidade das práticas negligentes nos hospitais pode resultar em mais tragédias como a de Marcelo Dino. Famílias vulneráveis, que não têm acesso a recursos legais ou informação, serão as mais afetadas, perpetuando um ciclo de impunidade e sofrimento. A falta de responsabilização pode desestimular a confiança da população no sistema de saúde, levando a um aumento da insatisfação e da desconfiança nas instituições públicas, essenciais para a proteção da vida e da saúde.
💡 CAMINHOS
Para evitar que tragédias como a de Marcelo se repitam, é fundamental implementar um sistema de auditoria e fiscalização rigoroso nos hospitais, garantindo que protocolos de atendimento sejam seguidos. Além disso, promover campanhas de conscientização sobre os direitos dos pacientes pode empoderar famílias a buscarem justiça. Exemplos de boas práticas incluem a criação de ouvidorias eficazes e a formação contínua de profissionais de saúde, priorizando a qualidade do atendimento em vez da aparência das instalações.
Fonte:Agência Brasil