A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS convocou o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Antonio Stefanutto, e o ex-diretor de Benefícios, André Paulo Félix Fidelis, para depor na próxima segunda-feira (13). A audiência, marcada para as 16 horas, ocorre após a Operação Sem Desconto, que revelou fraudes significativas contra aposentados e pensionistas. O senador Carlos Viana, presidente da CPMI, destacou indícios de omissão grave durante a gestão de Stefanutto, que permitiram a exploração de falhas sistêmicas no sistema de benefícios. A utilização de um sistema paralelo de biometria, sem a devida homologação, é citada como uma das principais vulnerabilidades que resultaram em descontos indevidos nos benefícios previdenciários. Além disso, a CPMI investiga a possível ligação de André Fidelis com propinas recebidas por seu filho, o advogado Eric Douglas Martins Fidelis, em um esquema de corrupção. A audiência será interativa, permitindo que a população envie perguntas aos convocados.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A convocação de ex-diretores do INSS para depor na CPMI revela um problema alarmante de corrupção e má gestão no sistema previdenciário brasileiro. A utilização de um sistema paralelo de biometria, sem as devidas garantias de segurança, expõe vulnerabilidades que permitiram fraudes contra aposentados e pensionistas. Essa situação não apenas compromete a integridade do sistema, mas também afeta diretamente a confiança da população nas instituições públicas.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, as consequências da manutenção do status quo serão devastadoras para os beneficiários do INSS e para a credibilidade das instituições públicas. A continuidade das fraudes pode resultar em perdas financeiras significativas para aposentados e pensionistas, além de agravar a desconfiança da sociedade em relação ao governo e suas políticas sociais. A falta de responsabilização e transparência pode perpetuar um ciclo de impunidade e corrupção, prejudicando a democracia e a justiça social.
💡 CAMINHOS
Para enfrentar essa crise, é essencial implementar medidas de transparência e controle interno no INSS, como auditorias regulares e a homologação rigorosa de sistemas tecnológicos utilizados. A criação de um canal de denúncias seguro e acessível pode incentivar a população a reportar irregularidades. Além disso, a capacitação de servidores e a promoção de uma cultura de ética e responsabilidade são fundamentais. Exemplos de boas práticas em outros países, como a utilização de tecnologia blockchain para garantir a segurança de dados, podem ser adaptados ao contexto brasileiro.
Fonte:Câmara Notícias