Câmara Retira Medida Provisória que Unificava Tributação Financeira

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, um requerimento da oposição que resultou na retirada de pauta da Medida Provisória 1303/25. A proposta visava unificar a tributação sobre aplicações financeiras em 18% e aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de algumas instituições financeiras a partir de 1º de janeiro de 2026. O resultado da votação foi de 251 votos a favor da retirada e 193 contra, refletindo uma divisão significativa entre os parlamentares. A medida, que tinha como objetivo aumentar a arrecadação e promover uma maior equidade tributária, agora fica sem definição, o que pode impactar o cenário econômico e fiscal do país. A oposição argumentou que a proposta poderia prejudicar investidores e a economia em geral, enquanto os defensores da medida destacavam a necessidade de uma reforma tributária mais justa. A retirada da pauta levanta questões sobre a capacidade do governo de implementar mudanças necessárias em um contexto de crescente desigualdade e necessidade de recursos para políticas públicas.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A retirada da Medida Provisória 1303/25 representa um retrocesso na busca por uma tributação mais justa e equitativa no Brasil. A unificação da tributação em 18% sobre aplicações financeiras e o aumento da CSLL eram passos importantes para aumentar a arrecadação e reduzir desigualdades. A decisão da Câmara, influenciada por pressões políticas, pode agravar a situação fiscal do país e limitar recursos para investimentos sociais essenciais.

⚠️ INÉRCIA

Se a situação permanecer inalterada, a falta de uma reforma tributária efetiva poderá perpetuar as desigualdades sociais e econômicas no Brasil. A classe média e os mais pobres continuarão a arcar com a maior parte da carga tributária, enquanto grandes instituições financeiras se beneficiarão de um sistema que não promove a justiça fiscal. Isso pode resultar em um aumento da insatisfação popular e em um enfraquecimento da confiança nas instituições democráticas.

💡 CAMINHOS

Para reverter essa situação, é fundamental que o governo e o Congresso reavaliem a necessidade de uma reforma tributária abrangente. Isso inclui a implementação de um sistema que promova a progressividade, onde os mais ricos contribuam mais. Exemplos de boas práticas podem ser encontrados em países que adotaram impostos sobre grandes fortunas e heranças. Além disso, é essencial fortalecer a sociedade civil para que ela possa pressionar por mudanças e garantir que a arrecadação seja utilizada em políticas públicas que beneficiem a população mais vulnerável.

Fonte:Câmara Notícias
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