Em setembro, o preço da cesta básica de alimentos apresentou queda em 22 capitais brasileiras, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As maiores reduções foram registradas em Fortaleza (-6,31%) e Palmas (-5,91%). No entanto, cinco capitais, como Campo Grande e Curitiba, observaram aumento nos preços. São Paulo continua sendo a capital com a cesta mais cara, custando R$ 842,26, enquanto Aracaju apresenta o menor valor, a R$ 552,65. Comparando setembro de 2025 com o mesmo mês de 2024, todas as 17 capitais que tinham dados disponíveis mostraram alta nos preços, com variações que chegam a 15,06% em Recife. O Dieese estima que o salário mínimo necessário para uma família viver dignamente deveria ser de R$ 7.075,83, o que representa 4,66 vezes o salário mínimo atual de R$ 1.518. A pesquisa, que agora abrange todas as 27 capitais, destaca a disparidade nos preços e a necessidade urgente de políticas públicas que garantam o acesso a alimentos básicos.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A queda nos preços da cesta básica em setembro é um alívio temporário, mas não resolve o problema estrutural da insegurança alimentar no Brasil. A disparidade nos preços entre as capitais e o fato de que o salário mínimo necessário para uma vida digna é significativamente maior que o salário atual revelam a urgência de políticas públicas eficazes. A situação é preocupante, especialmente em um país onde a pobreza e a desigualdade são persistentes.
⚠️ INÉRCIA
Se nada mudar, a manutenção do status quo perpetuará a insegurança alimentar e a desigualdade social no Brasil. As populações mais vulneráveis, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, continuarão a enfrentar dificuldades para acessar alimentos básicos, o que pode levar a um aumento da desnutrição e a problemas de saúde pública. Além disso, a falta de políticas eficazes pode desestabilizar ainda mais a economia local e agravar a crise social.
💡 CAMINHOS
Para enfrentar esses desafios, é fundamental implementar políticas públicas que garantam a segurança alimentar, como subsídios para a produção agrícola e programas de transferência de renda. A regulação do mercado de alimentos e a promoção de cooperativas locais podem ajudar a reduzir os preços e aumentar o acesso. Exemplos de boas práticas incluem iniciativas de hortas urbanas e programas de alimentação escolar que priorizam a compra de produtos locais, fortalecendo a economia e garantindo alimentos saudáveis para a população.
Fonte:Agência Brasil