CSP aprova campanha obrigatória contra uso de drogas na mídia

A Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado aprovou, nesta terça-feira (7), uma proposta que obriga emissoras de rádio e televisão a veicularem campanhas educativas sobre prevenção e combate ao uso de drogas durante a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, em junho. O projeto de lei 4.305/2021, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), recebeu parecer favorável do senador Magno Malta (PL-ES) e agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). As campanhas deverão ser exibidas em intervalos da programação, com até 10 inserções diárias de, no mínimo, 15 segundos. O conteúdo abordará os riscos do uso de drogas lícitas e ilícitas, além de temas como a recuperação do vício e o papel da família. Como alternativa, as emissoras poderão exibir três matérias jornalísticas diárias de cinco minutos sobre os mesmos assuntos. Magno Malta destacou a importância da medida para ampliar o alcance da prevenção, especialmente entre jovens, e para promover um enfrentamento mais humano do problema das drogas, enfatizando a reintegração social.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A aprovação da proposta que obriga a veiculação de campanhas educativas sobre drogas nas emissoras de rádio e televisão é um passo importante, mas levanta preocupações sobre a eficácia e a abordagem da comunicação. A urgência reside na necessidade de um enfrentamento mais humano e abrangente do problema das drogas, que não se limita apenas à prevenção, mas também à reintegração social e ao apoio às famílias afetadas. A falta de uma estratégia integrada pode resultar em campanhas superficiais que não abordam a complexidade do tema.

⚠️ INÉRCIA

Se o status quo for mantido, a sociedade continuará a enfrentar os mesmos desafios relacionados ao uso de drogas, com impactos diretos em adolescentes e jovens, que são os principais alvos das campanhas. A ausência de uma abordagem mais profunda e integrada pode perpetuar estigmas e falhas no sistema de apoio, resultando em um ciclo vicioso de marginalização e violência. Além disso, a falta de investimento em políticas públicas efetivas pode comprometer a eficácia das campanhas, limitando seu alcance e impacto.

💡 CAMINHOS

Para que a proposta seja realmente eficaz, é essencial que as campanhas educativas sejam parte de uma estratégia mais ampla de políticas públicas sobre drogas. Isso inclui a formação de profissionais de saúde, o fortalecimento de programas de reintegração social e a promoção de diálogos com a sociedade civil. Exemplos de boas práticas, como iniciativas de educação em escolas e comunidades, podem ser incorporados. Além disso, é fundamental garantir que as campanhas sejam informativas e empáticas, abordando não apenas os riscos, mas também oferecendo caminhos para a recuperação e apoio às famílias.

Fonte:Senado Notícias
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