O empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti decidiu permanecer em silêncio durante seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, após responder a perguntas do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). A decisão foi anunciada por seu advogado, Thiago Machado. Cavalcanti é um dos alvos da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões do INSS. Durante o depoimento, ele negou as acusações de envolvimento no esquema e afirmou não ser laranja ou beneficiário das atividades ilícitas de outros investigados, como o advogado Nelson Willians. Um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu a Cavalcanti o direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo. A operação da Polícia Federal resultou na apreensão de mais de 20 veículos de luxo pertencentes ao empresário, levantando suspeitas sobre a origem de seu patrimônio. A CPMI continua a investigar as irregularidades no INSS, que já eram suspeitadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) desde 2019.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A decisão de Fernando Cavalcanti de permanecer em silêncio durante seu depoimento à CPMI do INSS levanta preocupações sobre a transparência e a responsabilização em casos de corrupção. O silêncio do empresário, amparado por um habeas corpus, pode dificultar a elucidação de um esquema que envolve desvios de recursos públicos, prejudicando aposentados e pensionistas que dependem do INSS. A falta de respostas claras em um contexto de corrupção sistêmica é alarmante.
⚠️ INÉRCIA
Se a situação permanecer inalterada, a impunidade pode se consolidar, permitindo que esquemas de corrupção continuem a operar sem fiscalização adequada. A falta de responsabilização não apenas afeta diretamente os beneficiários do INSS, mas também mina a confiança da população nas instituições públicas. A manutenção do status quo pode perpetuar a desigualdade e a injustiça social, prejudicando os mais vulneráveis que dependem de um sistema de seguridade social eficiente.
💡 CAMINHOS
Para enfrentar essa crise de confiança e promover a responsabilização, é fundamental fortalecer as instituições de controle e fiscalização, como a CGU e o Ministério Público. A implementação de mecanismos de transparência nas operações do INSS, aliada a uma maior participação da sociedade civil na supervisão de políticas públicas, pode ser um caminho viável. Exemplos de boas práticas incluem a criação de plataformas digitais que permitam o acompanhamento em tempo real de gastos públicos e a promoção de campanhas de conscientização sobre direitos dos aposentados.
Fonte:Agência Brasil