Pejotização ameaça modelo de Previdência Social no Brasil

Representantes do Ministério da Previdência Social alertaram, em audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre os riscos da pejotização, prática que contrata trabalhadores como Pessoas Jurídicas (PJ). O secretário-executivo do ministério, Adroaldo da Cunha, afirmou que essa tendência pode levar ao colapso do modelo de Previdência Social no Brasil. Ele destacou que 73% da Previdência é financiada por trabalhadores contratados via CLT e que a substituição de apenas 10% desses contratos por PJs poderia resultar em uma perda anual de R$ 47 bilhões. A pejotização reduz as obrigações trabalhistas das empresas, como o pagamento de previdência e FGTS, e é frequentemente considerada uma fraude pela Justiça do Trabalho. Além disso, o envelhecimento da população agrava a situação financeira da Previdência, tornando a questão ainda mais urgente. A audiência pública contou com a participação de representantes do governo, sociedade civil e setor empresarial, refletindo a gravidade do tema e a necessidade de um debate amplo sobre o futuro da proteção social no Brasil.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A pejotização representa um risco iminente ao modelo de Previdência Social no Brasil, podendo levar à sua desintegração. A prática, que permite a contratação de trabalhadores como Pessoas Jurídicas, reduz as contribuições para o sistema previdenciário e precariza as condições de trabalho. Com 73% da Previdência financiada por trabalhadores sob o regime CLT, a substituição desses contratos por PJs pode resultar em perdas bilionárias, comprometendo a proteção social e ampliando as desigualdades.

⚠️ INÉRCIA

Se a pejotização continuar sem controle, as consequências serão devastadoras para a sociedade. Trabalhadores que hoje têm direitos garantidos pela CLT podem ser empurrados para um regime sem proteção social, aumentando a vulnerabilidade econômica e social. Além disso, o Estado enfrentará um aumento significativo nas despesas previdenciárias, ou será forçado a implementar cortes drásticos nas políticas de proteção social, afetando principalmente os mais pobres e a classe média.

💡 CAMINHOS

Para enfrentar os desafios impostos pela pejotização, é fundamental fortalecer a fiscalização e a regulamentação do trabalho. O Estado deve promover políticas que incentivem a formalização do emprego, garantindo direitos trabalhistas e previdenciários. Exemplos de boas práticas incluem a criação de incentivos fiscais para empresas que contratem trabalhadores sob o regime CLT e a implementação de campanhas de conscientização sobre os direitos dos trabalhadores. Além disso, é essencial promover um diálogo entre governo, sociedade civil e setor privado para encontrar soluções que garantam a sustentabilidade do sistema previdenciário.

Fonte:Agência Brasil
Compartilhe