A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou a proposta que cria o selo ‘Atendimento Seguro’, destinado à capacitação de trabalhadores de restaurantes e bares em primeiros socorros. O relator, deputado Luiz Gastão (PSD-CE), defendeu que a oferta dos cursos deve ser voluntária, ao contrário da proposta original que previa a obrigatoriedade com multas para os estabelecimentos que não cumprissem. O selo será concedido a restaurantes que capacitem seus funcionários em noções básicas de primeiros socorros, especialmente na prevenção de engasgos, um problema que, segundo o deputado Marcos Soares (União-RJ), resulta em inúmeras mortes. O projeto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votado na Câmara e no Senado para se tornar lei. A proposta visa melhorar a segurança alimentar e a saúde dos clientes, mas levanta questões sobre a eficácia de um modelo que depende da adesão voluntária dos estabelecimentos.
🔴 GOTA D’ÁGUA
A proposta do selo ‘Atendimento Seguro’ destaca um problema crítico: a falta de capacitação em primeiros socorros em restaurantes e bares, onde situações de emergência, como engasgos, podem ser fatais. A urgência reside na necessidade de garantir que os trabalhadores estejam preparados para agir em situações de risco, protegendo a saúde e a vida dos clientes. A abordagem voluntária pode não ser suficiente para assegurar que todos os estabelecimentos adotem práticas seguras.
⚠️ INÉRCIA
Se a proposta permanecer como está, com a capacitação sendo opcional, muitos estabelecimentos podem optar por não investir em treinamentos, colocando em risco a segurança dos clientes. Isso pode resultar em um aumento de incidentes graves, afetando principalmente as populações mais vulneráveis que frequentam esses locais. Além disso, a falta de um padrão mínimo de atendimento pode comprometer a confiança do público nos serviços de alimentação, impactando negativamente a reputação do setor.
💡 CAMINHOS
Para garantir a eficácia do selo ‘Atendimento Seguro’, é fundamental que a capacitação em primeiros socorros seja tornada obrigatória, com incentivos fiscais para os estabelecimentos que cumprirem a norma. Além disso, campanhas de conscientização sobre a importância do treinamento podem estimular a adesão. Exemplos de boas práticas podem ser observados em países onde a formação em primeiros socorros é parte integrante da formação profissional na área de serviços, resultando em ambientes mais seguros e confiáveis para os consumidores.
Fonte:Câmara Notícias