MDH contrata consultorias para relatório sobre desaparecidos políticos

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH) anunciou a contratação de cinco consultorias especializadas para auxiliar na elaboração do relatório de atividades da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, referente ao período de 2007 a 2025. O edital, publicado no site do ministério, permite a participação de consultores tanto na modalidade pessoa física quanto na modalidade produto, com a condição de que não sejam servidores públicos. As consultorias serão realizadas de forma remota em todo o país, e os interessados devem enviar seus currículos até o dia 13 de outubro de 2025, seguindo as diretrizes especificadas no edital. A reinstalação da comissão, promovida pelo governo Lula, visa dar continuidade ao trabalho de reconhecimento e reparação das vítimas de desaparecimentos forçados, um tema sensível e relevante para a memória histórica do Brasil. A iniciativa é um passo importante para a promoção da justiça e da transparência em relação a um período sombrio da história brasileira.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A reinstalação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos é um passo crucial para a reparação histórica e a promoção dos direitos humanos no Brasil. No entanto, a falta de recursos e a necessidade de consultorias especializadas levantam preocupações sobre a efetividade das ações. É urgente garantir que as vozes das vítimas e seus familiares sejam ouvidas, e que o Estado cumpra seu papel na busca pela verdade e justiça.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, a continuidade da inércia em relação aos desaparecimentos políticos pode perpetuar a impunidade e o sofrimento das famílias afetadas. A falta de ações concretas pode resultar em um apagamento da memória histórica, prejudicando a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Além disso, a ausência de reparações pode alimentar a desconfiança nas instituições e na democracia, afetando a coesão social.

💡 CAMINHOS

Para avançar, é fundamental que o governo assegure recursos adequados e um cronograma claro para as atividades da comissão. A criação de parcerias com universidades e organizações da sociedade civil pode enriquecer o trabalho das consultorias, garantindo uma abordagem multidisciplinar. Exemplos de boas práticas em outros países, como a Comissão da Verdade da África do Sul, podem servir de inspiração para promover a verdade e a justiça no Brasil, fortalecendo a democracia e a confiança nas instituições.

Fonte:Agência Brasil
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