A Receita Federal está rastreando a movimentação financeira de postos de combustíveis suspeitos de envolvimento com o crime organizado e a adulteração de produtos. Durante audiência na Comissão de Finanças e Tributação, o secretário Robinson Barreirinhas destacou que os nomes dos estabelecimentos só serão divulgados após confirmação da participação deles nas atividades ilícitas, a fim de evitar danos a inocentes. Ele enfatizou a importância de agir com cautela para não repetir erros do passado, onde empresas foram prejudicadas sem evidências concretas. A operação Carbono Oculto, iniciada no final de agosto, envolve a colaboração de órgãos federais e estaduais e investiga um esquema que pode ter movimentado até R$ 80 bilhões, incluindo a adição de metanol em combustíveis. Estima-se que até mil postos em dez estados estejam implicados. Barreirinhas também alertou que o esquema financeiro utilizava contas de fintechs e bancos tradicionais, permitindo que pessoas sem ligação com os crimes se tornassem involuntariamente sócias de criminosos. Em resposta a operações anteriores que envolveram fintechs, o governo implementou uma norma em 2024 para aumentar a transparência, embora tenha sido revogada após preocupações sobre a taxação do Pix.
Fonte:Câmara Notícias