Câmara aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

Na manhã desta quinta-feira (2), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, celebrou a aprovação do Projeto de Lei que isenta do Imposto de Renda (IR) pessoas com rendimentos mensais de até R$ 5 mil. A votação, considerada histórica, ocorreu na Câmara dos Deputados com 493 votos a favor e nenhum contra. Além da isenção, o projeto prevê descontos para quem ganha até R$ 7.350 mensais e uma alíquota progressiva de até 10% para rendimentos acima de R$ 600 mil anuais. Haddad destacou que a medida beneficiará cerca de 15 milhões de brasileiros, sendo que 10 milhões deixarão de pagar o imposto. Ele enfatizou a importância da justiça tributária e do equilíbrio fiscal, afirmando que a nova legislação será acompanhada para garantir sua eficácia. O projeto agora segue para o Senado, onde será apreciado. A aprovação é vista como um passo importante para a construção de um sistema tributário mais justo, mas também levanta questões sobre a sustentabilidade fiscal e a necessidade de um acompanhamento rigoroso das políticas públicas.

🔴 GOTA D’ÁGUA

A aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil é um avanço significativo, mas também levanta preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país. A medida, embora beneficie milhões de brasileiros, pode impactar a arrecadação e a capacidade do governo de financiar serviços essenciais. A dependência de uma alíquota progressiva para os mais ricos pode não ser suficiente para compensar as perdas, o que exige um debate mais profundo sobre a estrutura tributária.

⚠️ INÉRCIA

Se nada mudar, a manutenção do status quo pode resultar em um déficit fiscal crescente, afetando diretamente a população mais vulnerável. A falta de recursos pode comprometer investimentos em saúde, educação e infraestrutura, perpetuando desigualdades sociais. Além disso, a confiança nas instituições pode ser abalada, levando a um ciclo de descontentamento e instabilidade política, o que prejudica a democracia e a governança.

💡 CAMINHOS

Para garantir a eficácia da nova legislação e a sustentabilidade fiscal, é crucial implementar um sistema de monitoramento e avaliação contínua das políticas públicas. O governo deve considerar a diversificação das fontes de receita, como a ampliação da base tributária e a revisão de incentivos fiscais. Exemplos de boas práticas incluem a implementação de programas de educação fiscal e a promoção de uma maior transparência na gestão pública, envolvendo a sociedade civil no debate sobre a justiça tributária.

Fonte:Agência Brasil
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