Um incidente violento em uma fábrica de carvão em Mirador, Maranhão, revelou práticas de trabalho análogas à escravidão. Davi, um trabalhador, foi agredido brutalmente pelo gerente da fábrica após retornar de um dia de folga. Testemunhas relataram que o gerente, conhecido como ‘Ferinha’, não apenas espancou Davi, mas também o amarraram e tiraram fotos do ataque para intimidar outros funcionários. Este episódio faz parte de um relatório da Operação 216, realizada em julho de 2021, que resultou na libertação de 11 trabalhadores em condições desumanas. O gerente, que já figura na ‘Lista Suja’ do Ministério do Trabalho, teria usado as imagens para ameaçar outros empregados em diferentes fábricas de carvão. A situação alarmante na indústria de carvão do Maranhão não é um caso isolado, mas sim parte de uma cadeia de suprimentos que abastece o mercado global, incluindo a Toyota, a maior montadora do mundo. A violência e o ambiente opressivo nas fábricas de carvão levantam questões sérias sobre as práticas laborais e a responsabilidade das empresas em garantir condições de trabalho justas em suas cadeias produtivas.
Fonte:Repórter Brasil