MST deixa área ocupada no Pará e cobra governo após promessa feita na COP30

APÓS dias de tensão e depois da convocação de centenas de policiais para o cumprimento de uma ordem de despejo, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) acatou uma decisão judicial de reintegração de posse e iniciou nesta segunda-feira (15) a saída de uma área ocupada desde 9 de dezembro na Fazenda Santa Maria, no limite entre os municípios de Parauapebas e Curionópolis, no sudeste do Pará. 

De acordo com o MST, a opção por acatar a decisão judicial busca reduzir riscos de confronto e preservar a integridade das famílias do acampamento Terra e Liberdade, vizinho à área ocupada e considerado pelo movimento o maior do país, com cerca de 5 mil famílias.

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“Estamos organizando uma saída voluntária e ordeira”, afirmou à Repórter Brasil o dirigente estadual do MST no Pará, Pablo Neri. Segundo ele, as famílias estão retornando gradativamente ao antigo acampamento, em um processo conduzido pelo próprio movimento.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou à Repórter Brasil durante a COP30, em Belém, que o governo federal pretendia assentar ainda em dezembro parte das famílias do Terra e Liberdade. 

Na entrevista, Teixeira disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciaria um acordo envolvendo o governo federal, a mineradora Vale e movimentos sociais — o que não ocorreu até o momento.

O Ministro Paulo Teixeira afirmou durante a COP30 que o governo pretendia concluir o assentamento das famílias do Terra e Liberdade em dezembro de 2025 (Foto: Fernando Martinho/Repórter Brasil)

:: Leia também: COP30: ministro diz que famílias de maior acampamento sem-terra vão ser assentadas

Segundo Neri, a declaração do ministro foi determinante para a escalada da mobilização. “Se um ministro de Estado fala, a gente acredita que isso tem amarração com a estratégia do governo federal”, disse. Para ele, a promessa tornou a espera insustentáv

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