Um médico e três advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro chegaram à Superintendência da Polícia Federal, na manhã deste domingo (23), antes da realização da audiência virtual de custódia. Os profissionais não falaram com os jornalistas que fazem plantão em frente ao prédio.
O ex-presidente foi detido neste sábado (22), por volta das 6h30 (horário de Brasília), por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que alegou possível tentativa de fuga e violação da tornozeleira eletrônica para justificar a prisão preventiva.
Notícias relacionadas:Alexandre de Moraes autoriza visita de Michelle a Jair Bolsonaro na PF.Bolsonaro usou solda para tentar abrir tornozeleira; confira vídeo.Bolsonaro foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal ontem, onde realizou o exame de corpo de delito, no Instituto Nacional de Criminalística. O exame não apontou quaisquer queixas do ex-presidente, que aparentemente se encontrava em estado normal, acompanhado de seu advogado durante o procedimento. Desde então, ele segue preso preventivamente.
Apoiadores
Na manhã deste domingo, cerca de duas dezenas de apoiadores do ex-presidente enfrentaram chuvas esparsas para pedir a soltura de Bolsonaro em frente à portaria principal da Superintendência da PF, no final da asa sul, bairro central de Brasília.
Os manifestantes empunhavam bandeiras do Brasil e uma faixa que pedia aos motoristas que buzinassem contra a detenção de Bolsonaro. Uma pequena caixa de som tocava a canção Que País é Este?, da banda Legião Urbana.
O aposentado Marcos Moreno de Oliveira, filho de um militar da reserva, era um dos manifestantes. Sob uma parada de ônibus, para se proteger da chuva, Marcos disse que a prisão “foi arquitetada” e que, na sua opinião, não haveria chance de fuga, uma vez que a residência do ex-presidente estava monitorada por ordem judicial:
“Passei por aqui para ver como está o movimento. Estou aqui pelo meu país, defendendo a minha nação, como patriota que eu sou, brasileiro, filho de militar, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial.”
Ao lado Marcos, a aposentada Sandra Reis foi à Superintendência da PF acompanhada de uma amiga e de seu animal de estimação. Para ela, Jair Bolsonaro foi preso injustamente. Perguntada pela reportagem da Agência Brasil sobre a violação da tornozeleira eletrônica, ela citou um desejo de liberdade
“Acho que ele estava sentindo uma angústia, querendo se libertar porque é muito chato ficar com a tornozeleira.
