EM CLÁUDIA (MT), o ex-prefeito Altamir Kurten (PSDB) desmatou recentemente 338 hectares de floresta amazônica na Fazenda Santa Maria, aponta a organização Mighty Earth em estudo publicado nesta sexta-feira (7). Ele é um dos signatários de um requerimento contra a Moratória da Soja. O documento pedia ao governador do Mato Grosso o fim dos incentivos fiscais para empresas que aderissem ao pacto que proíbe a compra de soja proveniente de áreas desmatadas no bioma amazônico após 2008.
Em dezembro de 2024, Kurten, que foi prefeito de Cláudia (MT) por três mandatos, obteve autorização da Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso para desmatar 365 hectares na Fazenda Santa Maria, conforme documento obtido pela Repórter Brasil. De acordo com as análises do estudo da Mighty Earth, feitas com monitoramento de imagens de satélite, o desmatamento de 338 hectares na propriedade ocorreu entre agosto de 2024 e julho de 2025.
Antes de obter a licença para o desmate, em novembro de 2023, ele assinou um requerimento, junto a outros 94 prefeitos do estado, pedindo ao governador Mauro Mendes (União) a retirada dos incentivos fiscais às empresas signatárias da Moratória da Soja e sugerindo a apresentação de uma denúncia do acordo ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Em outubro de 2024, o governador do Mato Grosso sancionou uma lei que retira a concessão de incentivos fiscais a empresas que seguem os critérios da moratória.
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O caso do ex-prefeito está entre os dez listados no relatório Rapid Response, que apresenta, segundo a publicação, possíveis vínculos entre o desmatamento recente e a produção de soja no país. “Esse caso específico sinaliza como existem conflitos de interesse. Ele reflete toda essa teia de relações e de interesses particulares que acabam prejudicando o interesse comum da população brasileira, em prol de um grupo muito pequeno”, avalia João Gonçalves, d