<![CDATA[Reduzir jornada sem negociação vai comprometer empregos e capacidade financeira das empresas]]

<![CDATA[A discussão sobre a redução da jornada de trabalho voltou a ganhar força no Congresso Nacional, reacendendo o alerta entre os setores produtivos. Durante uma nova audiência pública, promovida no Rio Grande do Sul na última segunda-feira (3) pela Subcomissão Especial da Escala de Trabalho 6×1 da Câmara dos Deputados, o presidente em exercício da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Ivo Dall’Acqua Júnior, reafirmou que a proposta precisa ser analisada com cautela e sob o prisma da sustentabilidade econômica. Mais do que isso, é basilar que o pilar de qualquer mudança seja a negociação coletiva.Representando também a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da qual é diretor, Dr. Ivo explicou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/25, em debate no Legislativo, prevê a redução da jornada de 44 para 36 horas semanais, sem redução de salário, além da mudança do regime de seis para quatro dias, com três descansos remunerados adicionais. Isso seria aplicável a todos os setores da economia. Segundo o dirigente, apesar de os objetivos da proposta serem meritórios, a medida pode gerar efeitos colaterais graves se for implementada sem planejamento ou diálogo entre as partes.O maior risco de uma redução compulsória da jornada é desorganizar os acordos já consolidados e elevar custos em cascata sobre os empregadores, especialmente os pequenos empreendedores. De acordo com os cálculos que apresentou na audiência, caso a redução fosse feita de 44 para 36 horas, haveria um aumento de, pelo menos, 18% na folha de pagamento, podendo chegar a 27% em alguns cenários. O impacto sobre os pequenos empregadores tenderá a ser muito maior, caso tenham de substituir um ou dois trabalhadores.“Nem toda empresa consegue repassar esse aumento da folha aos preços. Teríamos situações críticas, com reflexos em cadeias produtivas inteiras. A economia ficaria mais cara e menos competitiva, e o efeito pode ser inflacionário. É por isso que in

Compartilhe