Fora de ‘área vip’, movimentos sociais articulam COP do Povo em Belém

FORA da área restrita a negociadores oficiais conhecida como Blue Zone (Zona Azul), por onde vão circular diplomatas, ministros, chefes de delegação e lobistas do petróleo e do agronegócio, Belém também vai ferver durante a COP30. A capital paraense, que entre 10 e 21 de novembro sediará a conferência da ONU sobre o clima, será o palco da maior mobilização popular da história das cúpulas ambientais.

A poucos quilômetros do Parque da Cidade, sede do evento oficial, povos indígenas, comunidades tradicionais e movimentos sociais organizam uma agenda própria, com denúncias, debates e propostas. 

Três espaços se destacam nessa mobilização: a COP do Povo, a Cúpula dos Povos e a Aldeia COP. A primeira é formada principalmente por associações de base da Amazônia. A Cúpula, por sua vez, reúne organizações nacionais e internacionais. Por fim, a Aldeia COP constitui um espaço índigena autogerido para incidir nas negociações climáticas.

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‘Tribunal contra Ecogenocídio’ será o grande momento da COP do Povo

A COP do Povo será realizada entre 10 e 22 de novembro, na Casa da COP do Povo, no bairro Reduto, perto da Praça da República. O espaço, alugado e reformado por movimentos sociais, pastorais, coletivos urbanos e comunidades de base, foi pensado para abrigar oficinas, rodas de conversa, shows, exibições de livros e exibição de filmes. Veja aqui a programação oficial. O ponto alto da programação será o Tribunal dos Povos contra o Ecogenocídio, marcado para 13 e 14 de novembro. O fórum vai julgar simbolicamente 17 casos de violação de direitos humanos e de degradação da natureza, reunidos por comunidades afetadas em diferentes regiões do país, sobretudo na Amazônia. A organização planeja realizar o júri na Praça da República, mas aguarda o aval da Prefeitura de Belém.

“A ideia é apresentar para a população que esses problemas existem. Vamos fazer um momento simbólico de anális

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