Educação não é apenas transmissão de conteúdos. É também formação para a vida em sociedade. Uma escola que ensina matemática, português e ciências, mas não estimula o pensamento crítico, a participação coletiva e o respeito à diversidade, deixa de cumprir parte fundamental de sua missão: preparar cidadãos capazes de sustentar a democracia.
A democracia depende de cidadãos que compreendam seus direitos e deveres, que saibam avaliar informações de forma crítica e que participem das decisões coletivas. Esse preparo começa muito antes da maioridade, nas conversas de sala de aula, nos trabalhos em grupo e até nas regras de convivência escolar. Ao aprender a respeitar opiniões diferentes, a votar em representantes de turma ou a organizar um projeto comunitário, o estudante experimenta na prática os princípios democráticos.
Mas a escola sozinha não dá conta. É necessário que famílias, meios de comunicação e instituições públicas reforcem os mesmos valores. Quando discursos autoritários se tornam comuns, quando a desinformação domina o debate público, a democracia enfraquece. Por isso, investir em educação cidadã é tão estratégico quanto investir em infraestrutura ou economia.
No fim, democracia e educação caminham juntas. Uma sociedade só será democrática de fato se sua população for educada para a cidadania. E uma educação de qualidade só se realiza plenamente quando reconhece que formar cidadãos críticos e participativos é tão importante quanto formar profissionais qualificados.